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Eduardo Bertero - Doctoralia.com.br

Vasectomia

Vasectomia é um procedimento cirúrgico que promove a esterilização permanente no homem. Funciona como a laqueadura nas mulheres e é uma opção de contracepção altamente eficaz, segura e permanente. Portanto, a resposta para quantos anos dura a vasectomia é: para sempre! Por isso, ela é ideal para homens que estão certos de que não desejam ter filhos no futuro.

É uma cirurgia realizada ambulatorialmente, ou seja, no consultório médico, sob anestesia local. Tradicionalmente, a anestesia local durante a vasectomia tem sido realizada através de uma agulha fina, a mesma que os diabéticos usam para auto-aplicar insulina. Isto pode causar certo desconforto e dor durante a própria picada e mesmo quando o líquido penetra os tecidos. De qualquer maneira, ninguém gosta de agulha, independente de seu tamanho. Por isso tenho usado um aplicador de spray que desenvolve uma pressão suficiente para que o anestésico penetre a pele e cause o adormecimento necessário durante a vasectomia.

A figura acima mostra a comparação da anestesia com agulha convencional (esquerda) e com aparelho MADAJET que usamos na clínina, através de spray, sem agulha (direita).

O homem pode voltar dirigindo para casa. É solicitado repouso sexual por 7 dias e deve ser realizado um espermograma (exame do líquido seminal) depois de 60 dias para averiguar o sucesso da cirurgia.

A vasectomia sem bisturi foi introduzida na China nos anos 70 e nos anos 80 nos Estados Unidos. Consiste de realizar apenas uma punção com uma pinça especial pontiaguda na pele escrotal anestesiada previamente e dissecar o duto deferente. O canal deferente é separado dos vasos sanguíneos e então pode ser cortado e clipado com clip especial de titânio. Não há necessidade de pontos cirúrgicos. Não é necessário realizar pontos na pele. Clique aqui para ver como a vasectomia sem bisturi é realizada.

Trata-se de um procedimento cirúrgico e, como tal, oferece os mesmos riscos que, por exemplo, a extração de um dente. As complicações como, dor, hematoma, inflamação do testículo e infecções são raras. Não existem complicações da esfera sexual. Em geral, o pós-operatório é bastante tranquilo, alguns pacientes referem uma leve sensibilidade nos testículos durante alguns dias.

Este é um assunto que envolve muita confusão. A vasectomia é reversível sim, porém, a taxa de sucesso da cirurgia de reversão pode variar muito, dependendo do caso. Por exemplo: caso o homem tenha se submetido à vasectomia há mais de 5 anos, a chance de sucesso com a reversão é bem menor do que se ele tivesse sido vasectomizado há 2 anos. Outro ponto: a cirurgia de reversão é muito mais delicada e deve ser realizada em nível hospitalar, sob anestesia troncular, com a utilização de material de microcirurgia, incluindo microscópio. Sempre dou a sugestão de que se o homem planeja fazer uma vasectomia e não pára de pensar ou questionar sobre a reversão, então ele não está preparado para a cirurgia.

Com a nova lei já em vigor, a idade mínima para realizar a vasectomia foi reduzida de 25 para 21 anos. Isso significa que agora indivíduos a partir dos 21 anos, que tenham interesse e estejam plenamente capazes de tomar decisões legais, podem optar pela vasectomia sem a necessidade de autorização de um(a) cônjuge, uma exigência que foi eliminada pelas novas diretrizes.

Apesar da lei, considero 21 anos muito cedo para tomar uma decisão como esta. Este procedimento representa uma escolha significativa na vida do homem e deve ser considerado com a devida importância que merece. Por isso é crucial que os homens entendam a vasectomia como um método contraceptivo definitivo, embora exista a possibilidade de reversão do procedimento.

A faixa etária que mais me procura para esta cirurgia é o homem entre 35 e 45 anos. No entanto, homens com 25 e 60 anos já foram submetidos a esta esterilização em minha clínica.

A cirurgia de vasectomia pelo SUS é oferecida em todos os estados brasileiros, porém o serviço de saúde não oferece a cirurgia de reversão.

Sem dúvida. Este, por sinal, é um dos grandes tabus que impede a realização de um número ainda maior de vasectomias em nosso meio. O corte do canal deferente apenas impede a chegada dos espermatozóides na uretra, fazendo com que ele fique retido dentro do testículo. O líquido seminal sem a presença de espermatozóides é o que o homem ejacula após a vasectomia. O volume do ejaculado continua o mesmo, apenas não está presente o espermatozóide, que, afinal de contas, é o principal objetivo desta cirurgia. Este morre e é reabsorvido pelo próprio organismo.

Com relação a função erétil ou potência sexual também não há nenhuma interferência. Os nervos e vasos responsáveis pela ereção peniana não estão envolvidos durante a cirurgia de vasectomia. Não existe nenhuma relação anatômica entre as estruturas supracitadas e o canal deferente.

É raro, no entanto é possível ficar grávida de um homem que fez vasectomia. Por isso é solicitado ao paciente permanecer utilizando um método anticoncepcional como antes, até completar 60 dias. Alguns espermatozóides podem estar vivos dentro do canal deferente.