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Eduardo Bertero - Doctoralia.com.br

Ejaculação Precoce

A ejaculação é um processo que marca o clímax da resposta sexual masculina e envolve a liberação de sêmen pelo pênis através de uma série de ações neuromusculares. O processo sexual masculino é composto por quatro etapas principais: desejo, excitação, orgasmo e resolução. Quando há problemas em qualquer uma dessas etapas, surgem as disfunções sexuais e, a ejaculação precoce é uma das disfunções mais prevalentes entre os homens.

A ejaculação precoce é quando a ejaculação ocorre com mínima estimulação sexual antes, durante ou pouco tempo após a penetração, mas principalmente antes do desejado. Essa disfunção é caracterizada pela incapacidade de retardar a ejaculação durante a relação sexual, afetando negativamente a satisfação sexual tanto do indivíduo quanto de seu parceiro. A causa da ejaculação precoce está enraizada em uma complexa interação de fatores neurológicos, psicológicos e circunstanciais.

Os avanços no conhecimento e tratamento da disfunção erétil (DE) aumentaram o interesse de pacientes e médicos em outros distúrbios sexuais, mais precisamente as disfunções ejaculatórias. A maior preocupação no homem jovem é a sua fertilidade, mas distúrbios da ejaculação podem trazer muita ansiedade e angústia para indivíduos de várias faixas etárias. Em uma pesquisa recente compreendendo mais de 12 mil homens, idade variando de 50 a 80 anos, 46 % declarou ter algum problema ejaculatório e 59% estavam incomodados com ele.3 Ejaculação precoce foi o mais comum com índices de 30 a 40%. Alguns trabalhos citam que cerca de 75% de homens sofrerão de EP em algum ponto de suas vidas. Carmita publicou dados sobre comportamento sexual do brasileiro e concluiu que 26% dos homens cuja faixa etária variou de 18 a 70 anos queixavam de ejaculação precoce ou rápida.5 O atraso em ejacular ou ejaculação retardada aflige cerca de 4% de homens sexualmente ativos. Ejaculação retrógrada ocorre em cerca de 80% de homens que se submeteram a ressecção endoscópica da próstata (RTU) e embora muitas destes pacientes estejam acima da sexta década de vida, alguns se queixam deste distúrbio com veemência.

É importante saber que a ejaculação precoce é normal, mas é uma disfunção sexual que merece atenção pois gera sofrimento e insatisfação. Além disso, existe tratamento para ejaculação precoce seguro e eficiente.

  • Ejaculação rápida ou precoce:
    Ejaculação persistente ou recorrente com estimulação sexual mínima que ocorre antes ou logo depois da penetração e antes que a pessoa o deseje.
  • Ejaculação retardada, inibida ou atrasada:
    Estimulação sexual anormal do pênis ereto é necessária para atingir ejaculação.
  • Anejaculação:
    Ausência completa de ejaculado ou ejaculação retrógrada.
  • Anorgasmia:
    A inabilidade de atingir o orgasmo, independente de ejacular ou não.
  • Aspermia:
    Ausência de contração do trato genital.
  • Ejaculação retrógrada:
    Ausência total de ejaculação anterógrada porque o sêmen é direcionado para dentro da bexiga.
  • Hemospermia:
    Presença de sangue no líquido ejaculado.
  • Anedonia:
    Incapacidade de sentir prazer.

Felizmente a ejaculação precoce tem cura e há diferentes tratamentos disponíveis conforme a sua causa.

  • Psicoterapia

A terapia sexual é considerada a mais apropriada e tem como principais objetivos:

  1. Fornecer informações básicas sobre sexualidade, reeducando tanto o paciente como a parceira;
  2. reduzir os focos de ansiedade associados às interações afetivas ou relacionadas à atividade sexual, usando técnicas comportamentais em que a prescrição de tarefas tem como objetivo a dessensibilização (redução da ansiedade) e técnicas de retreinamento do controle ejaculatório; técnica de Semans (“stop-start”), penetração sem movimento para o homem habituar-se a estar dentro da mulher e com a redução da ansiedade ter chances de prolongar a ejaculação. Tal técnica propicia a quebra do reflexo condicionado penetração ejaculação;
  3. propor mudanças no comportamento sexual individual e/ou do casal, estimulando a mais ampla comunicação e melhoria na qualidade de vida. A duração da terapia é de quatro a seis semanas, com uma a três sessões por semana. A participação da parceira melhora substancialmente os resultados e é sempre motivada.
  • Tratamento farmacológico

Os medicamentos usados para tratar depressão e ansiedade são também usados como remédio para ejaculação precoce. A introdução do inibidor seletivo da recaptação da serotonina (ISRS) no tratamento da ejaculação precoce produziu uma revolução no manuseio desta entidade. A família dos ISRS compreende 5 compostos: citalopram, fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina e sertralina. Todos estes têm um mecanismo de ação similar, porém existe alguma evidência de que fluvoxamina e citalopram exercem menos efeito para retardar a ejaculação de que paroxetina, sertralina e fluoxetina.

O regime terapêutico mais empregado é o de administrar ISRS diariamente. Paroxetina (20-40mg), Clomipramina (10-50mg), Sertralina (50-100mg) e Fluoxetina (20-40mg) são os medicamentos e doses mais utilizadas atualmente. O efeito no atraso da ejaculação pode demorar de 5 a 10 dias após início da terapia e os efeitos colaterais são mais intensos na primeira semana, diminuindo após 2 a 3 semanas de uso. Os eventos adversos mais comumente relatados são: fadiga, sonolência, náusea, diarréia. Diminuição da libido ou disfunção da ereção é reportado raramente.

Um novo medicamento foi lançado recentemente especialmente para ejaculação precoce, a dapoxetina (Prosoy ®). A dapoxetina é o primeiro remédio de uma categoria nova de inibidores seletivos da recaptação da serotonina. Embora a dapoxetina tenha as similaridades farmacológicas a outros ISRS, sua eficácia sugere uma modalidade diferente da ação. Apresenta um rápido início de ação com pico de concentração plasmática máxima em 1 hora e meia vida de 1,4 horas. O fabricante sugere administrar de 1 a 3 horas antes da relação sexual. Além do mais, este é o primeiro medicamento com indicação exclusiva para EP. Clique aqui para saber mais sobre a dapoxetina, o remédio para ejaculação precoce.

  • Tratamento tópico

O uso de creme, gel ou spray com base em lidocaína, um conhecido anestésico local, para o tratamento de ejaculação precoce já foi bem estudado e seu papel já está bem estabelecido. A eficácia para retardar a ejaculação é modesta podendo apresentar efeitos colaterais como: redução da sensibilidade da glande, absorção vaginal e possível anestesia de mucosa vaginal e anorgasmia feminina.

  • Inibidores de fosfodiesterase tipo 5

O uso de inibidores de fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), como o Viagra® ou Cialis®, associados às medicações ISRS já foi empregado para retardar a ejaculação. O aumento médio do tempo de ejaculação depois de 3 e 6 meses de tratamento foi maior no grupo que usou paroxetina (ISRS) mais sildenafila (Viagra®) versus apenas paroxetina (ISRS). Embora a presença de efeitos adversos como cefaléia e rubor facial tenha sido mais significativa neste grupo. De qualquer maneira, é consenso de que esta classe de medicamentos não deve ser a primeira escolha para tratar ejaculação precoce, mas que poderá ser muito benéfica a sua utilização quando o homem sofrer de disfunção erétil.

Felizmente a ejaculação precoce tem cura e há diferentes tratamentos disponíveis conforme a sua causa.

  • Psicoterapia

A terapia sexual é considerada a mais apropriada e tem como principais objetivos:

  1. Fornecer informações básicas sobre sexualidade, reeducando tanto o paciente como a parceira;
  2. reduzir os focos de ansiedade associados às interações afetivas ou relacionadas à atividade sexual, usando técnicas comportamentais em que a prescrição de tarefas tem como objetivo a dessensibilização (redução da ansiedade) e técnicas de retreinamento do controle ejaculatório; técnica de Semans (“stop-start”), penetração sem movimento para o homem habituar-se a estar dentro da mulher e com a redução da ansiedade ter chances de prolongar a ejaculação. Tal técnica propicia a quebra do reflexo condicionado penetração ejaculação;
  3. propor mudanças no comportamento sexual individual e/ou do casal, estimulando a mais ampla comunicação e melhoria na qualidade de vida. A duração da terapia é de quatro a seis semanas, com uma a três sessões por semana. A participação da parceira melhora substancialmente os resultados e é sempre motivada.
  • Tratamento farmacológico

Os medicamentos usados para tratar depressão e ansiedade são também usados como remédio para ejaculação precoce. A introdução do inibidor seletivo da recaptação da serotonina (ISRS) no tratamento da ejaculação precoce produziu uma revolução no manuseio desta entidade. A família dos ISRS compreende 5 compostos: citalopram, fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina e sertralina. Todos estes têm um mecanismo de ação similar, porém existe alguma evidência de que fluvoxamina e citalopram exercem menos efeito para retardar a ejaculação de que paroxetina, sertralina e fluoxetina.

O regime terapêutico mais empregado é o de administrar ISRS diariamente. Paroxetina (20-40mg), Clomipramina (10-50mg), Sertralina (50-100mg) e Fluoxetina (20-40mg) são os medicamentos e doses mais utilizadas atualmente. O efeito no atraso da ejaculação pode demorar de 5 a 10 dias após início da terapia e os efeitos colaterais são mais intensos na primeira semana, diminuindo após 2 a 3 semanas de uso. Os eventos adversos mais comumente relatados são: fadiga, sonolência, náusea, diarréia. Diminuição da libido ou disfunção da ereção é reportado raramente.

Um novo medicamento foi lançado recentemente especialmente para ejaculação precoce, a dapoxetina (Prosoy ®). A dapoxetina é o primeiro remédio de uma categoria nova de inibidores seletivos da recaptação da serotonina. Embora a dapoxetina tenha as similaridades farmacológicas a outros ISRS, sua eficácia sugere uma modalidade diferente da ação. Apresenta um rápido início de ação com pico de concentração plasmática máxima em 1 hora e meia vida de 1,4 horas. O fabricante sugere administrar de 1 a 3 horas antes da relação sexual. Além do mais, este é o primeiro medicamento com indicação exclusiva para EP. Clique aqui para saber mais sobre a dapoxetina, o remédio para ejaculação precoce.

  • Tratamento tópico

O uso de creme, gel ou spray com base em lidocaína, um conhecido anestésico local, para o tratamento de ejaculação precoce já foi bem estudado e seu papel já está bem estabelecido. A eficácia para retardar a ejaculação é modesta podendo apresentar efeitos colaterais como: redução da sensibilidade da glande, absorção vaginal e possível anestesia de mucosa vaginal e anorgasmia feminina.

  • Inibidores de fosfodiesterase tipo 5

O uso de inibidores de fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), como o Viagra® ou Cialis®, associados às medicações ISRS já foi empregado para retardar a ejaculação. O aumento médio do tempo de ejaculação depois de 3 e 6 meses de tratamento foi maior no grupo que usou paroxetina (ISRS) mais sildenafila (Viagra®) versus apenas paroxetina (ISRS). Embora a presença de efeitos adversos como cefaléia e rubor facial tenha sido mais significativa neste grupo. De qualquer maneira, é consenso de que esta classe de medicamentos não deve ser a primeira escolha para tratar ejaculação precoce, mas que poderá ser muito benéfica a sua utilização quando o homem sofrer de disfunção erétil.