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Eduardo Bertero - Doctoralia.com.br

Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST's)

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), anteriormente conhecidas como Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), são infecções transmitidas através do contato sexual, incluindo sexo vaginal, anal e oral. As ISTs podem ser causadas por bactérias, vírus, parasitas e fungos, e podem afetar tanto homens quanto mulheres de todas as idades e orientações sexuais. Algumas das ISTs mais comuns incluem clamídia, gonorreia, sífilis, tricomoníase, herpes genital, papilomavírus humano (HPV) e o vírus da imunodeficiência humana (HIV), que causa a AIDS.

Síndrome (uma variedade de sintomas e manifestações) causado pela infecção crônica do organismo humano pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus). Essa é uma das principais ists causadas por vírus.

O vírus compromete o funcionamento do sistema imunológico humano, impedindo-o de executar sua tarefa adequadamente, que é a de protegê-lo contra as agressões externas (por bactérias, outros vírus, parasitas e mesmo por células cancerígenas). Com a progressiva lesão do sistema imunológico o organismo humano se torna cada vez mais suscetível a determinadas infecções e tumores, conhecidas como doenças oportunistas, que acabam por levar o doente à morte.

Sinônimos: SIDA, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, HIV-doença.

Agente
HIV (Human Immunodeficiency Virus), com 2 subtipos conhecidos : HIV-1 e HIV-2.

Complicações/Consequências
Doenças oportunistas, como a tuberculose miliar e determinadas pneumonias, alguns tipos de tumores, como certos linfomas e o Sarcoma de Kaposi, distúrbios neurológicos.

HIV: Transmissão
Sangue e líquidos grosseiramente contaminados por sangue, sêmem, secreções vaginais e leite materno.

Período de Incubação
De 3 a 10 anos entre a contaminação e o aparecimento de sintomas sugestivos de AIDS.

HIV: Tratamento
Existem drogas que inibem a replicação do HIV, que devem ser usadas associadas, mas ainda não se pode falar em cura da AIDS. As doenças oportunistas são, em sua maioria tratáveis, mas há necessidade de uso contínuo de medicações para o controle dessas manifestações.

Prevenção
Na transmissão sexual se recomenda sexo seguro (abstinência, relação monogâmica com parceiro HIV negativo, uso de camisinha). Na transmissão pelo sangue recomenda-se cuidado no manejo de sangue (uso de seringas descartáveis, exigir que todo sangue a ser transfundido seja previamente testado para a presença do HIV, uso de luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos potencialmente contaminados). Não há, no momento, vacina efetiva para a prevenção da infecção pelo HIV.

A Clamídia é uma IST causada por bactéria chamada Chlamydia trachomatis. É conhecida por ser uma das ISTs mais comuns e pode ser particularmente insidiosa, pois frequentemente não apresenta sintomas. Quando sintomática, pode manifestar-se através de corrimento genital, ardor ao urinar e dor durante relações sexuais. Em homens, pode causar secreção peniana e dor testicular. A infecção assintomática contribui para sua ampla disseminação, pois indivíduos infectados podem não estar cientes de sua condição e, consequentemente, não procuram tratamento e não tomam os cuidados necessários para evitar a transmissão.

Sinônimos: Clamidiose, Uretrite por Clamídia

Agente
Chlamydia trachomatis

Complicações/Consequências
Em homens, pode causar epididimite, uma condição dolorosa dos ductos testiculares que também pode resultar em infertilidade. Ambos os sexos podem desenvolver conjuntivite e artrite reativa como complicações. A infecção por clamídia durante a gravidez pode resultar em parto prematuro, baixo peso ao nascer e conjuntivite neonatal.

Transmissão
A transmissão ocorre principalmente por meio de contato sexual com uma pessoa infectada, incluindo sexo vaginal, anal e oral. A clamídia também pode ser transmitida de mãe para filho durante o parto, levando a infecções oculares e pneumonia no recém-nascido.

Período de Incubação
O período de incubação varia de 1 a 3 semanas após a exposição à bactéria.

Tratamento
O tratamento é feito com antibióticos, sendo a azitromicina ou a doxiciclina os mais comuns. É importante que ambos os parceiros sejam tratados simultaneamente para evitar a reinfecção.

Prevenção
O uso consistente de preservativos durante todas as formas de atividade sexual é a principal forma de prevenção.

HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano)
Infecção causada por um grupo de vírus (HPV – Human Papilloma Viruses) que determinam lesões papilares as quais, ao se fundirem, formam massas vegetantes com o aspecto de couve-flor. Os locais mais comuns do aparecimento destas lesões são a glande, o prepúcio e o meato uretral no homem e a vulva, o períneo, a vagina e o colo do útero na mulher. Em ambos os sexos pode ocorrer no ânus e reto, não necessariamente relacionado com o coito anal. Com alguma frequência a lesão é pequena, de difícil visualização à vista desarmada.

Sinônimos: Jacaré, jacaré de crista, crista de galo, verruga genital.

Agente
HPV – DNA vírus. HPV é o nome de um grupo de vírus que inclui mais de 70 tipos. As verrugas genitais ou condilomas acuminados são apenas uma das manifestações da infecção pelo vírus do grupo HPV e estão relacionadas com os tipos 6,11 e 42, entre outros. Alguns tipos (2, 4, 29 e 57) causam lesões nas mãos e pés (verrugas comuns). O espectro das infecções pelos HPV é muito mais amplo do que se conhecia até poucos anos atrás e inclui também infecções subclínicas (diagnosticadas por meio de peniscopia, colpocitologia, colposcopia e biópsia) e infecções latentes (só podem ser diagnosticada por meio de testes para detecção do vírus). Alguns trabalhos médicos referem-se à possibilidade de que 10-20% da população feminina sexualmente ativa possa estar infectada pelos HPV. A principal importância epidemiológica destas infecções deriva do fato que do início da década de 80 para cá, foram publicados muitos trabalhos relacionando-as ao câncer genital, principalmente feminino.

Complicações/Consequências
Câncer do colo do útero e vulva e, mais raramente, câncer do pênis e também do ânus.

Transmissão
Contato sexual íntimo (vaginal, anal e oral). Mesmo que não ocorra penetração o vírus pode ser transmitido. Eventualmente uma criança pode ser infectada pela mãe doente, durante o parto.

Período de Incubação
De semanas a anos.

Tratamento
Local (cáusticos, quimioterápicos, cauterização). As recidivas (retorno da doença) são frequentes, mesmo com o tratamento adequado. Eventualmente, as lesões desaparecem espontaneamente.

Prevenção
Preservativos usados adequadamente, do início ao fim da relação, podem proporcionar alguma proteção. Exame preventivo mais frequente. Avaliação do(a) parceiro(a). Abstinência sexual durante o tratamento.

Infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo de vírus que determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização espontânea do tecido afetado. As lesões com frequência são muito dolorosas e precedidas por eritema (vermelhidão) local.

Sinônimos: HSV-2, herpes simplex vírus, infecção por HSV, lesões genitais, herpes vírus humano.

Agente
DNA vírus

Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatais. Vulvite. Vaginite. Cervicite. Ulcerações genitais. Proctitis etc.

Transmissão
Frequentemente pela relação sexual.

Período de Incubação
Indeterminado

Tratamento
Não existe ainda tratamento eficaz quanto a cura da doença. O tratamento tem por objetivo diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises.

Prevenção
Não está provado que a camisinha diminua a transmissibilidade da doença. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual é recomendável.

A Sífilis é um dos exemplos de ist causadas por bactérias. Doença infecto-contagiosa sistêmica (acomete todo o organismo), que evolui de forma crônica (lenta) e que tem períodos de acutilização e períodos de latência. Pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso). De acordo com algumas características de sua evolução, a sífilis divide-se em Primária, Secundária, Latente e Terciária. Quando transmitida da mãe para o feto é chamada de Sífilis Congênita. O importante a ser considerado aqui é a sua lesão primária, também chamada de cancro de inoculação (cancro duro), que é a porta de entrada do agente no organismo do paciente. Trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa (ou pouco dolorosa), em geral única, com a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de secreção serosa (líquida, transparente) escassa e que pode ocorrer nos grandes lábios, vagina, clítoris, períneo e colo do útero na mulher e na glande e prepúcio no homem, mas que pode também ser encontrada nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas.

Sinônimos: cancro duro, cancro sifilítico, Lues.

Agente
Treponema pallidum

Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatal. Sífilis Congênita. Neurossífilis. Sífilis Cardiovascular.

Transmissão
Relação sexual, transfusão de sangue contaminado, transplacentária (a partir do quarto mês de gestação).

Período de Incubação
1 semana à 3 meses

Tratamento
Medicamentoso. Com cura, se tratado adequadamente.

Prevenção
O preservativo pode proteger a contaminação genital.

Doença infecto-contagiosa que se caracteriza pela presença de abundante secreção (corrimento) purulenta pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher. É uma ist causada por bactéria bastante prevalente. Este quadro frequentemente é precedido por prurido (coceira) na uretra e disúria (ardência miccional). Em alguns casos podem ocorrer sintomas gerais, como a febre. Nas mulheres os sintomas são mais brandos ou podem estar ausentes (maioria dos casos).

Sinônimos: Uretrite Gonocócica, Blenorragia, Fogagem

Agente
Neisseria gonorrhoeae

Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Doença Inflamatória Pélvica. Infertilidade. Epididimite. Prostatite. Pielonefrite. Meningite. Miocardite. Gravidez ectópica. Septicemia, Infecção ocular (ver foto abaixo) , Pneumonia e Otite média do recém-nascido. Artrite aguda etc.

Transmissão
Relação sexual. O risco de transmissão é superior a 90%, isto é, ao se ter um relacionamento sexual com um(a) parceiro(a) doente, o risco de contaminar-se é de cerca de 90%. O fato de não haver sintomas (caso da maioria das mulheres contaminadas), não afeta a transmissibilidade da doença.

Período de Incubação
2 a 10 dias

Tratamento
Antibióticos principalmente.

Prevenção
Uso de preservativo (camisinha) e Higiene após as relações sexuais.

FAQ – Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s)

  • Qual é a IST mais comum?

Clamídia.

  • Quais são as ISTs mais comuns e seus sintomas?

– Clamídia: Corrimento genital, dor ao urinar.
– Gonorreia: Corrimento genital, dor ao urinar, dor ou inchaço nos testículos.
– Sífilis: Feridas indolores, erupções cutâneas, febre.
– Herpes genital: Bolhas dolorosas, úlceras na área genital.
– HPV: Verrugas genitais, pode ser assintomático.

  • Quais são as formas de manifestação das ISTs?

Sintomas físicos visíveis: Feridas ou úlceras na região genital, verrugas genitais, corrimento vaginal ou peniano, bolhas.
Sintomas gerais: Dor ao urinar, dor durante relações sexuais, dor e inchaço dos testículos, sangramento irregular fora do período menstrual, febre, dor abdominal.
Manifestações assintomáticas: Muitas ISTs podem não apresentar sintomas visíveis ou perceptíveis imediatamente

  • Qual é a principal forma de prevenção das ists

Uso de preservativos durante todas as formas de atividade sexual.